Foto André Kosters/Lusa
No primeiro debate entre candidatos à Câmara Municipal de Lisboa, nas eleições intercalares marcadas para dia 15 de Julho, o Governo acabou por ser um alvo. Tal como o ex-ministro António Costa, agora na corrida à autarquia da capital. Apenas sete candidatos estiveram à mesa, os restantes não foram convidados.
António Costa (PS), Fernando Negrão (PSD), Ruben de Carvalho (CDU), Telmo Correia (CDS), Sá Fernandes (BE), Carmona Rodrigues (independente) e Helena Roseta (independente), estiveram em duas mesas.
A crise financeira vivida pela Câmara foi um dos temas mais esgrimidos entre candidatos. Se o ex-presidente da autarquia, Carmona Rodrigues, desdramatizou a situação financeira da autarquia todos os outros consideraram grave o estado das finanças da autarquia.
Durante o debate o PSD, a CDU e o CDS-PP atacaram a proposta do candidato socialista à Câmara para um acordo de saneamento financeiro do município com o Governo, temendo que a autarquia perca autonomia face ao Poder Central.
Dívida
Na sua primeira intervenção, o candidato do PS a presidente da Câmara de Lisboa declarou que antes de o PSD chegar ao poder no município «a dívida era inferior a 500 milhões de euros, sendo agora de 1,2 mil milhões de euros».
O social-democrata Fernando Negrão demarcou-se da solução apontada pelo socialista por, alegadamente, «colocar o Governo a tomar conta da Câmara», defendendo em contrapartida a constituição de um fundo de gestão imobiliário pela Câmara.
Mais duro com António Costa, o cabeça de lista da CDU, Ruben de Carvalho, disse que o socialista fez «confusão» com os números da Câmara que apresentara e considerou que a solução avançada pelo ex-ministro de José Sócrates «poderá pôr em causa a autonomia do município».
Ruben Carvalho lembrou que a lei das finanças locais (em que Costa teve participação directa enquanto membro do Governo) está também na origem dos problemas financeiros da câmara.
Já o candidato do CDS-PP, Telmo Correia, afirmou que a crise de Lisboa ocorreu «por falta de liderança política». Tal como Negrão, defendeu que a Câmara deverá fazer face à situação financeira «usando o seu património», através da constituição de um fundo imobiliário.
Por uma perspectiva diferente, a candidata independente Helena Roseta criticou António Costa por, enquanto ex-ministro de Estado e da Administração Interna, não ter actuado nos primeiros meses deste ano face à situação financeira da Câmara e ao abrigo da lei das finanças locais.
Dirigindo-se a Costa disse: «O Estado não é uma pessoa abstracta. Nos primeiros meses do ano, a Câmara de Lisboa já tinha ultrapassado os limites do endividamento e o Governo não actuou».
Sá Fernandes, candidato de BE, foi o único que não atacou António Costa, centrando antes as suas críticas na gestão de Carmona Rodrigues e reivindicando a sua quota parte de responsabilidade na queda do anterior executivo municipal.
Na sua primeira intervenção, o candidato do PS a presidente da Câmara de Lisboa declarou que antes de o PSD chegar ao poder no município «a dívida era inferior a 500 milhões de euros, sendo agora de 1,2 mil milhões de euros».
O social-democrata Fernando Negrão demarcou-se da solução apontada pelo socialista por, alegadamente, «colocar o Governo a tomar conta da Câmara», defendendo em contrapartida a constituição de um fundo de gestão imobiliário pela Câmara.
Mais duro com António Costa, o cabeça de lista da CDU, Ruben de Carvalho, disse que o socialista fez «confusão» com os números da Câmara que apresentara e considerou que a solução avançada pelo ex-ministro de José Sócrates «poderá pôr em causa a autonomia do município».
Ruben Carvalho lembrou que a lei das finanças locais (em que Costa teve participação directa enquanto membro do Governo) está também na origem dos problemas financeiros da câmara.
Já o candidato do CDS-PP, Telmo Correia, afirmou que a crise de Lisboa ocorreu «por falta de liderança política». Tal como Negrão, defendeu que a Câmara deverá fazer face à situação financeira «usando o seu património», através da constituição de um fundo imobiliário.
Por uma perspectiva diferente, a candidata independente Helena Roseta criticou António Costa por, enquanto ex-ministro de Estado e da Administração Interna, não ter actuado nos primeiros meses deste ano face à situação financeira da Câmara e ao abrigo da lei das finanças locais.
Dirigindo-se a Costa disse: «O Estado não é uma pessoa abstracta. Nos primeiros meses do ano, a Câmara de Lisboa já tinha ultrapassado os limites do endividamento e o Governo não actuou».
Sá Fernandes, candidato de BE, foi o único que não atacou António Costa, centrando antes as suas críticas na gestão de Carmona Rodrigues e reivindicando a sua quota parte de responsabilidade na queda do anterior executivo municipal.
Reabilitar urbanismo
Rejeitada por António Costa, Fernando Negrão e Telmo Correia, foi a proposta lançada pela candidata independente Helena Roseta, que pretende que o pelouro do urbanismo seja gerido por uma comissão com os vários partidos.
«Lisboa tem uma dimensão que não permite esse tipo de partilha de responsabilidades», defendeu o candidato social-democrata, que prometeu, em caso de vitória, assumir ele próprio o pelouro do urbanismo. «As decisões fundamentais devem ser tomadas em plenário da Câmara», corroborou António Costa.
«Reabilitar, reabilitar, reabilitar» foi também a mensagem de Telmo Correia. Ruben acusou o executivo do PSD de ter «cometido ilegalidades» e Sá Fernandes definiu como meta atrair para Lisboa as 50.000 pessoas que deixaram a capital nos últimos seis anos.
in Portugaldiário
Os candidatos que ficaram de fora do debate
Foto André Kosters/Lusa
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